sexta-feira, 25 de julho de 2014

O Diamantina perde e o luto está em nossos corações

 
Em vinte anos de Diamantina Veteranos, convivi com muitos que por lá passaram e participaram de nosso futebol.
Uma das figuras marcantes por sua idade e condição física era "seu" Edson.
 
"O velhinho" como gostava de se referir a ele mesmo, amava aquele compromisso de domingo pela manhã. Como era por ordem de chegada, ele amanhecia a beira do campo. A pelada só rolava as 8h mas você encontraria "seu" Edson as 5h por lá. Tudo para garantir o lugar, fizesse chuva ou sol, na divisão de quem iria entrar em campo.
 
Com mais de 70 anos, algumas pontes de safena, ele fazia questão de estar dentro do campo e não queria sair de jeito nenhum. Tinha até quem torcesse para que dessem a bola ao velhinho, coisa que fazíamos evitar em busca da vitória. Quem joga bola sabe bem o que digo...
 
Em diversas vezes, o velhinho disse a muitos de nós que se morresse dentro de campo estaria feliz e por isso não desistia.
Ontem, recebi a notícia do ocorrido neste domingo.
E ele se foi como queria, dentro do campo, uniformizado para mais uma pelada que tanto amava aos domingos pela manhã.

 


As polêmicas que se criavam por causa dele deixou uma marca.
Mas há que se valorizar esse amor incondicional do homem pela bola, pelo prazer de estar em campo e celebrar a vida como ele fazia, agarrado a sua paixão.

Perdemos um apaixonado.
Perdemos um tricolor resistente e orgulhoso.
Ficam as lembranças de tantos anos e sua marca em nossas vidas.

Vá na paz, meu velhinho.
Encontre por lá o Vanderlei, o Edson (seu xará) e o velho Arídio.
Nós aqui ficamos e guardamos vocês na lembrança até que sejamos lembrados também.



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