terça-feira, 30 de agosto de 2022

Um Pouco de Prosa - Saudades

 Meu bom amigo Genil me ligou esses dias.

Entre outras coisas, falamos de minha vida, das minhas condições e de alguns motivos que me fizeram longe da Escolinha.

Genil e sua filhinha

Sinto falta do convívio, não posso negar.

Mas não nego que a partir de alguns acontecimentos, minha impossibilidade de participar da forma que sempre gostei, as mudanças da vida e a grande perda de "meu mentor" Edinho, que culminou para mim o imenso vazio que me afasta de lembranças ainda bem presentes daquele lugar, do ambiente e, sem dúvida alguma, daquele pedaço de vida que tanto meu grande amigo amava.

Lembrei com Genil as inúmeras vezes que bem juntinho em meu ouvido, ao final da resenha gostosa em cada domingo ele confidenciava "isso aqui é minha alegria, minha vida"... 

Ao contrário do Berman, Genil continua fazendo o trajeto Escolinha x Itaipuaçu aos domingos, ida e volta, na coragem e proteção de Deus. É esse amor pelo domingo, futebol, rapaziada e resenha que faz da Escolinha especial. 

De minha outra parte, outra família, a do Diamantina E.C., há uns dias perdemos um grande amigo, colaborador ímpar e grande pessoa.

Éramos amigos comuns a Edinho. 

Meu querido Suedir já está no time lá em cima e eu só tive coragem de escrever agora, hoje.

Não sei como descrever um caráter bom, excelente e perfeccionista administrador além de grande amigo de muitos que o conheciam. Era bom o baixinho! Conselheiro, visionário e de coração.

Meus últimos momentos mais demorados foram no balcão de seu trailer, onde conversávamos até fechar e fazíamos companhia a cerveja. Já faz alguns anos...



Esses dias, num app desse tipo KWAI, vi uma postagem que falava sobre a "Geração de Ferro" que está indo embora e dando passagem a outras. A referência da geração citada eram os princípios, as dificuldades dominadas e vividas para gerar e manter essas novas gerações.

Não devo me alongar mais pois sei que os meus leitores sabem quem foram nossos pais, o que eles fizeram para que chegássemos aqui e os ensinamentos que nos foram passados.

A Escolinha e o Diamantina são parte dessa geração. São um pedaço de vida bom de viver, que sejam em lembranças nunca apagadas. Algo sem explicação que gira em torno de uma paixão chamada futebol.

E me dou conta de que hoje, 31 de agosto, meu paizinho faria 102 anos se aqui estivesse... Saudades e saudades!!!

Ao grande baixinho Suedir, onde quer que esteja!!!