Seria de minha parte muito dolorido se não dissesse alguma coisa aqui neste espaço que ele tanto frequentou e deu-me força para seguir, incentivos.
Suas histórias e brincadeiras básicas com diversos colegas desde antes das sete da manhã a cada domingo era contagiante, marcava nossas vidas, nossos encontros.
E era tudo para ele. Ele esperava os domingos, cada um deles, como uma criança espera pelo presente de aniversário, como uma beata espera pela missa consagrada... Ali era a religião que todos nós professávamos em comunhão de amizades, correndo atrás da bola hóstia nossa e lavando a alma na cerveja dos pecados da semana.
Para ele era indispensável. Para nós, sem ele não era a mesma coisa. Faltava alguma coisa.
ÉDIO SANTOS, o Edinho.
Ele era meu amigo, conselheiro, tutor, irmão... Ele estava sempre comigo, discutia meus problemas, me dava forças para seguir.
Orgulhava-se dizendo que era meu empresário porque foi por ele que cheguei a Escolinha.
Não encontro palavras.
Não desejo com essa simples postagem resumir o que era, como foi, seus defeitos, seus amores, seus conceitos, sua vida... Parte dela, sua vida, era a ESCOLINHA. Disso eu tenho certeza.
Apesar de estar afastado do grupo, sinto um vazio enorme que vai tomar conta de tudo a todos que estavam acostumados a chegar e encontrar a figura encostado na grade, como se vigiasse a presença de todos, esperando um ou outro para, no bom sentido, sacanear por algum qualquer motivo fosse um porre, uma namorada escondida ou outro qualquer motivo e nos fazer rir, tornar o ambiente naquilo que gostava mais de fazer: ser alegre.
A doença, mal da humanidade, levou Edinho muito rápido. Nem ele acreditou no que estava passando, quero crer.
Por um lado, Cristo em sua bondade maior lhe concedeu o descanso final sem muito sofrer. Bastaram alguns dias. Uns poucos dias para nos tirar um pouco de chão, dar um choque de realidade, nos entristecer e pensar como será sem ele.
Segue em paz, meu amigo!!!
Minhas poucas lágrimas ainda não me convenceram de muitas coisas nessas vidas.
São algumas poucas lembranças que tenho sob arquivos.
Vou publicar devagar... Já estou com saudades!